O presidente Lula está tentando se aproximar novamente de antigos aliados da esquerda, como o Movimento dos Sem Terra (MST), especialmente agora que sua popularidade não anda tão boa. O MST viu isso como um sinal positivo e, com isso, começou a ocupar novas propriedades rurais em cinco estados: Bahia, Espírito Santo, Ceará, Paraná e Rio de Janeiro. Recentemente, o movimento publicou um artigo exigindo mais recursos para a reforma agrária, mostrando que quer mais do que apenas diálogo.
O artigo foi escrito por Débora Nunes e Ayala Ferreira, que são líderes do MST. Elas reclamam que, no terceiro mandato de Lula, a reforma agrária não tem sido priorizada.
Lula visitou um acampamento do MST em Minas Gerais e prometeu apoio, assegurando que não esqueceu seus amigos. Poucos dias após a visita, o governo anunciou que o orçamento de 2025 incluirá R$ 750 milhões para programas que ajudam pequenos agricultores, incluindo integrantes do MST, o que desagradou a bancada agropecuária no Congresso. A vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Tereza Cristina, criticou a medida, chamando-a de eleitoreira.
Ela questionou por que o governo não apoia toda a agricultura familiar, e não apenas o MST. A bancada está pedindo mais informações antes de decidir sobre o orçamento de 2025.
Enquanto isso, Lula está se preparando para as eleições de 2026 e visitou Minas Gerais duas vezes em uma semana, mas enfrenta desafios, pois pesquisas mostram que a direita está forte no estado, e seu aliado, o senador Rodrigo Pacheco, ainda não se comprometeu totalmente com sua candidatura.
